terça-feira, 15 de junho de 2010

Empresas propõem alternativas para enfrentar falta de engenheiros e técnicos

06/2010

Diretamente envolvidos com a falta de mão de obra técnica qualificada observada hoje no País, empresários – pelo lado da demanda – e acadêmicos – pelo lado da oferta – reuniram-se na Amcham-São Paulo para levantar propostas para enfrentar essa dificuldade nesta quarta-feira (09/06) no seminário Qualificação de mão de obra como fator vital da competitividade”. O evento integra o projeto “Competitividade Brasil – Custos de Transação” da Amcham.

As sugestões, acrescidas de pontos sublinhados pelo público do encontro, serão detalhadas pela equipe da Amcham e submetidas à base de associados da entidade a fim de que sejam priorizadas em termos de urgência e importância. Um primeiro passo foi dado no próprio seminário, com a votação de nove das principais proposições (veja quadro) pelos presentes.

“Nosso enfoque é construtivo. Canalizaremos propostas do meio empresarial para que se tornem parte dos programas de governo dos principais candidatos à Presidência da República”, afirmou Gabriel Rico, CEO da Amcham, na reunião que foi transmitida ao vivo para as dez regionais da Amcham no Brasil.

Ensino médio

Os participantes do debate foram praticamente unânimes na avaliação de que boa parte da solução para mudar o déficit de mão de obra técnica está em atingir os estudantes que ainda se encontram no ensino médio. As principais sugestões nesse sentido são:

Questionar os jovens, especialmente as mulheres, para entender por que poucos optam pelas carreiras técnicas e criar programas para motivá-los a reverem essa postura;
Aumentar o teor tecnológico no ensino médio com muita prática laboratorial;
Estimular a dignidade das profissões técnicas;
Criar centros de excelência em ciências exatas onde os talentos sejam aproveitados e incentivados;
Ofertar bolsas de incentivo a formandos selecionados para que tenham acesso facilitado a cursos de nível elevado em universidades públicas;
Desenvolver um programa intensivo de melhoria do ensino de matemática e ciências;
Reorganizar o currículo por áreas, não disciplinas;
Adotar novas estratégias de abordagem do aluno, incentivando que aprendam fazendo;
Permitir que alunos de engenharia e engenheiros formados lecionem cursos de física, química e matemática;
Instituir reforço escolar no contra-período das escolas públicas para ciências, matemática e comunicação, ministrados por alunos bolsistas do ensino superior.

“O fato é que hoje vivemos um baixo interesse da juventude por carreiras tecnológicas. Temos de reinventá-las para contar com jovens nessas áreas nos próximos anos”, disse Jacques Marcovitch, professor da Universidade de São Paulo (USP), que mediou o debate na Amcham.

“É preciso haver uma proposição para o jovem seguir a carreira técnica. Temos de agir no ensino médio. Uma das iniciativas possíveis é levar executivos às escolas para mostrar como pode ser interessante escolher esse caminho”, completou Paulo Portela, vice-presidente de Serviços da IBM.

“Devemos perguntar ao jovem por que não se interessa por estudar ciências exatas. Em função dessas respostas, poderemos trabalhar para que as escolhas se direcionem às oportunidades que estamos oferecendo”, acrescentou Alberto do Canto Filho, coordenador da Comissão de Graduação de Engenharia Elétrica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

“Aprender fazendo é importante para desmistificar a ideia de que as áreas técnicas são muito teóricas e complicadas, o que assusta os adolescentes”, sinalizou Walter Vicioni, diretor regional do Senai-SP.


Ensino superior

Com relação ao papel das universidades, os especialistas sugerem:

Incluir temas ligados à ciência de serviços – ou seja, a dinâmica do relacionamento com clientes e fornecedores – e à sustentabilidade nos currículos das áreas técnicas;
Reduzir a quantidade de denominações de diferentes modalidades de engenharia;
Recuperar cursos que não têm qualidade adequada;
Estimular que os graduandos “coloquem a mão na massa” desde o primeiro ano;
Implementar progressivamente campi avançados dos melhores cursos em cidades de porte médio.

“Se adotarmos programas para melhorar os cursos de engenharia de modo a permitir que seu rendimento passe dos 20% (de ingressantes que conseguem se formar) para 40%, dobraremos a oferta de engenheiros”, afirmou José Roberto Cardoso, diretor da Escola Politécnica da USP.

“Não precisamos apenas de engenheiros que façam cálculos estruturais. Eles precisam ter visão de sustentabilidade e ser capazes de gerenciar recursos escassos”, destacou Tiniti Matsumoto, gerente geral de Construção da Alcoa.

Empresa

Já quanto a ações sob a alçada das companhias, as proposições são:

Formar pessoas que possam preparar outras;
Estabelecer parcerias com outras empresas e instituições de ensino;
Aumentar o conceito de inclusão, contratando pessoas sem todos os requisitos desejados, mas com disposição para aprender;
Oferecer boas oportunidades de treinamento;
Abrir espaço para experiências internacionais;
Acelerar o desenvolvimento dos profissionais;
Investir na formação de pós-graduados e PhDs;
Ofertar bolsas de estudo para alunos de carreiras tecnológicas em larga escala;
Financiar escolas de engenharia para melhorarem sua base laboratorial e de tecnologia da informação e comunicações;
Apoiar programas voltados a aumentar o rendimento de estudantes.

“No processo de formação, é muito importante que tenhamos certeza de que essas pessoas serão responsáveis gradativamente também pela capacitação de outras. Queremos criar uma cadeia para que não tenhamos mais essa preocupação com a falta de mão de obra qualificada dentro de cinco a dez anos”, pontuou Rogério Patrus, presidente e CEO da GE para a América Latina.

“É fundamental que o meio empresarial se una. Uma parte da solução para esse problema está conosco”, defendeu Françoise Trapenard, diretora executiva de Recursos Humanos da Telefonica.

“É necessário adotar planos de treinamento agressivos conforme a necessidade de cada empresa. Isso ajuda as companhias e o mercado como um todo. Se apenas algumas o fizerem, haverá uma guerra por engenheiros e teremos salários inflacionados”, indicou Pedro Manuchakian, vice-presidente de Engenharia de Produtos da General Motors para a América do Sul.

“O Brasil ainda é muito provinciano em matéria de educação. É preciso colocar os brasileiros no mundo ou não seremos globais”, falou Divonzir Gusso, pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Governo

Por último, os participantes do debate sugeriram propostas sob a alçada da iniciativa pública:

Aprovação de uma lei que garanta incentivos fiscais às companhias que investem em capacitação de profissionais;
Financiamento para escolas de engenharia promoverem melhorias de infraesrutura;
Desburocratização da autorização de funcionamento de cursos de tecnologia e flexibilização da composição das grades curriculares conforme a necessidade do mercado.

“Esse ponto dos incentivos fiscais ao treinamento já havia aparecido em discussões de comitês da Amcham. Estamos trabalhando com parlamentares para verificar a possibilidade de criar um projeto de lei que contemple esse tema. A ideia é formatar o que seria uma ‘Lei Rouanet’ voltada a incentivar o treinamento pelas empresas. Isso seria um alento muito importante para enfrentar esta difícil realidade”, concluiu Gabriel Rico.

http://www.amcham.com.br/update/2010/update2010-06-09b_dtml

O que é Marketing?

Peter Drucker - 1954

Afirmava que a empresa que conseguir vender o produto/serviço certo, para o cliente certo, com a distribuição adequada, por um preço adequado e no momento oportuno, verá seus esforços de venda reduzirem-se a quase zero, ou seja, a venda tornar-se-a automática em função de a demanda ter sido corretamente equacionada e trabalhada.

Novos paradigmas - 2003

o significado da produção é o conhecimento, que é propriedade dos trabalhadores do conhecimento e é facilmente transportável;
há cada vez mais trabalhadores externos, temporários ou com dedicação parcial;
a concentração do negócio inteiro dentro da empresa não funciona mais, pois o conhecimento necessário para uma atividade é altamente especializado e sai muito caro contratar todos os funcionários que têm um dos conhecimentos necessários;
agora o cliente possui a informação;
restam poucas tecnologias únicas; as indústrias precisam dominar muitas tecnologias diferentes, com as quais nem sempre estão familiarizadas.


Orientação para produção: A grande questão, para as empresas, era produzir e não vender. O papel do marketing é, essencialmente, entregar produtos em locais onde possam ser comprados. Considera que os consumidores preferem os produtos de melhor qualidade, desempenho e aspectos inovadores. Portanto as organizações deveriam esforçar-se para aprimorar seus produtos permanentemente.
Orientação para vendas: Uma orientação para vendas envolve a concentração das atividades de marketing na venda dos produtos disponíveis. Normalmente utilizada quando a oferta de produtos e serviços é maior do que a demanda.Ênfase em promoções e vendas.
Orientação para o cliente: A função principal da empresa não é mais produzir e vender, mas satisfazer à clientela, consultando-a antes de produzir qualquer coisa, via estudos de mercado e com base nessa consulta, caso seja favorável, oferecer-lhe produtos/serviços/idéias de qualidade e valor, para que os consumidores voltem a comprar e a falar bem da empresa e de seus produtos.
Orientação para o marketing societal (marketing socialmente responsável): Sustenta que a organização deve determinar as necessidades, desejos e interesses do mercado-alvo e então proporcionar aos clientes um valor superior de forma a manter ou melhorar o bem-estar do cliente e da sociedade.
Orientação para o marketing holístico: Nesta abordagem a empresa deve tentar compreender e administrar toda a complexidade envolvida na gestão de marketing de uma empresa.

H2 - 2° Trimestre

COMPORTAMENTOS EMPREENDEDORES:
Planejamento Estratégico
O papel das redes sociais
O poder no empreendedorismo: liderança
Projeto Empresa Junior

terça-feira, 1 de junho de 2010

O que é IPO?

A expressão é formada pelas primeiras letras das palavras inglesas Initial Public Offering, isto é, Oferta Pública Inicial. É essa nomeclatura que marca o início das vendas de ações das companhias abertas

O termo se popularizou no final da década de 90, quando houve o boom da Internet. Nos últimos tempos a expressão tem estampado páginas de jornais, informando IPO´s (Initial Public Offering) de diversas empresas nacionais e multinacionais. Mas o que é exatamente? IPO é a oferta pública que se refere as ações, portanto é a primeira oferta de ações de uma empresa, isto é, quando ela abre seu capital e passa a vender ações na Bolsa de Valores, no caso do Brasil, na Bovespa.

Quando as empresas abrem capital, elas transferem aos investidores parte do seu controle acionário (caso o aplicador tenha adquirido Ações Ordinárias, do contrário, ele só terá preferência na distribuição de proventos, não participando da tomada de decisões). Em troca, as companhias abertas recebem dinheiro para seus investimentos e se financiam, podendo, então, expandir seus negócios.

Ao comprar ações, o investidor espera receber Dividendo ou Juro sobre capital prórpio, ou seja, parte dos lucros da empresa. Ele espera também que o preço das ações se valorize, fazendo sua aplicação auferir lucros. Porém, como qualquer investimento, ao comprar ações, o investidor não tem garantia de performance. Isso significa que, da mesma forma que o papel pode valorizar-se, ele também pode depreciar-se.

Para comprar ações das empresas o investidor precisa estar cadastrado numa corretora, autorizada pela BOVESPA, que irá intermediar as negociações. Durante o período de reserva o investidor poderá entrar em contato com a corretora e solicitar a compra. O preço dos papéis, no entanto, será fixado somente na véspera da IPO, após o encerramento do período de reserva.

Quando ocorre o encerramento do período de reserva, o investidor não pode mais desistir do negócio. Por isso, é muito importante ter certeza da participação na oferta pública antes de solicitar sua compra. No dia da IPO, é verificada a demanda pelas ações e, caso seja superior à oferta, poderão ser feitas limitações ao pedido de compra. O custo que o investidor terá com a operação irá restringir-se ao valor das ações, pois a comissão de corretagem é paga pela empresa.

No entanto, o investidor precisa fazer uma avaliação cuidadosa da empresa e do setor atuante antes de decidir participar, já que não há nada que garante a valorização das ações. Por isso a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) determina que as corretoras aconselhem ou desaconselhem o investimento.